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Immagine del redattore P. Ezio Lorenzo Bono, CSF

🇮🇹 🇵🇹 🇬🇧 “TU QUOQUE, BRUTE, FILI MI”




🇮🇹 “TU QUOQUE, BRUTE, FILI MI”

(Video e testo in 🇮🇹 italiano)

Commento al Vangelo della Domenica di Pasqua 2024

Gv 20,1-9  (Hanno portato via il Signore)

I.

A metà di questo mese,  mentre stavo tornando dal lavoro, mi sono fermato all’area sacra di  Largo di Torre Argentina dove un gruppo di attori stava inscenando l’uccisione di Giulio Cesare,  avvenuta esattamente in quel luogo alle Idi di marzo e cioè il  15 marzo del 44 a.C.  Come sappiamo Cesare fu ucciso dai senatori perché temevano che volesse farsi re di Roma e quindi avrebbero perso il loro potere e prestigio. Tra gli assassini, oltre ai senatori c’era suo  figlio Bruto  e alcuni  sostenitori di Cesare che aderirono alla congiura per motivi di rancore, invidia e delusioni per mancati riconoscimenti e compensi.

Mi sono emozionato quando Cesare, con occhi attoniti vedendo suo figlio che lo colpiva a morte ha detto con immenso dolore e delusione “Tu quoque, Brute, fili mi!”, “Anche tu, Bruto, figlio mio?”

Mentre guardavo quelle scene, pensavo che qualche decina di anni dopo l’uccisione di Giulio Cesare, la storia si sarebbe ripetuta con l’assassinio di Gesù. Certo i due personaggi sono totalmente diversi, ma entrambi hanno in comune il soccombere alla congiura di invidiosi e rancorosi che non volevano accettare la loro regalità, entrambi traditi anche dai propri fedelissimi.

II.

Giulio Cesare ha fatto delle opere buone per i cittadini, come le riforme agrarie a favore dei contadini poveri; riforme economiche volte a ridurre il debito dei cittadini e ad aumentare le opportunità economiche per le classi meno abbienti e  per ridurre il peso fiscale sui più poveri;  promosse l'istruzione pubblica e l'accesso all'istruzione per un maggior numero di cittadini romani contribuendo a diffondere l'alfabetizzazione e l'istruzione formale tra le classi meno abbienti; fece riforme giuridiche e aumentò le Infrastrutture e i lavori pubblici. Tutte queste cose che sembrerebbe essere state fatte per beneficiare i cittadini e i più fragili, in realtà Cesare le aveva  fatte per fini politici e personali per aumentare il proprio potere e prestigio.

Anche Gesù ha fatto molte cose in favore dei più poveri, gli ammalati, e derelitti del suo tempo, ma certamente non per motivi “cesaristici” ma solo per il bene esclusivo delle persone.

È soprattutto nel dopo morte che le loro vite si differenziano totalmente: per l’imperatore romano la sua storia finisce li con lui, con la sua morte, e di lui non rimane più nulla.  Con Gesù invece la storia non finisce con la sua morte, ma ricomincia con la  resurrezione. Di Cesare rimane solo un lontano ricordo di gesta militari e opere grandiose che riportano al passato. Di Gesù abbiamo una storia che continua e si rinnova ogni anno e le sue opere ci portano al futuro.

III.

In conclusione.

Dopo poco la  sua morte, Cesare fu divinizzato e le sue ceneri furono poste nel Tempio del Divo Giulio nel Foro Romano. I cesaricidi furono uccisi e venne instaurato l’impero romano. Nonostante tutto questo, Cesare si trova ancora nelle braccia della morte e delle sue ceneri non ne rimane neanche un briciolo.

Gesù invece con la sua risurrezione non si trova più nella morte ma nell’assenza della morte, che in latino si dice “a” (alfa privativo) “mors-mortis”  e cioè “amore” che vuol dire appunto “assenza della morte”. Per questo la Pasqua, che è la vittoria di Gesù sulla morte è la vittoria dell’A-more. La Pasqua è l’unica e valida risposta alla questione della morte: non sono i ridicoli sofismi di Epicuro o delle mitologie greco-romane, né l’ illusoria immortalità consegnata alle proprie opere come pensa Ugo Foscolo ne “I Sepolcri”, neppure le filosofie del Superuomo di Nietzsche né l’esistenzialismo di Heidegger per i quali l’uomo è un essere per la morte. L’uomo è un essere per la vita perché la morte è stata sconfitta dalla risurrezione di Gesù. Ecco che augurare “Buona Pasqua” è augurare “Buona vittoria sulla morte”, e quindi è annunciare “Assenza della morte” e cioè Augurare “A-more”: augurare Buona Pasqua è augurare Amore

La grande consolazione che ci dona la Pasqua è che alla fine della nostra vita terrena saremo accolti dal Padre che sarà insieme al figlio Gesù e ci dirà non “Tu quoque, fili mi”,  ma: “filius meus es tu quoque”,  “anche tu sei mio figlio”.


-Immagine: Busto di Giulio Cesare

-Musica: Hallelujah - Leonard Cohen | Piano Cover + Sheet Music (Francesco Parrino)






🇵🇹 " TU QUOQUE, BRUTE, FILI MI"

(Vídeo e texto em 🇵🇹 português)

Comentário ao Evangelho do Domingo de Páscoa de 2024

Jo 20,1-9 (Levaram o Senhor)

I.

Em meados deste mês, quando regressava do trabalho, parei na zona sagrada do Largo di Torre Argentina, onde um grupo de actores encenava o assassinato de Júlio César, que teve lugar exatamente ali, nos “Idos de março”, ou seja, a 15 de março de 44 a.C.  Como se sabe, César foi morto pelos senadores porque temiam que ele quisesse tornar-se rei de Roma e assim iriam perder o seu poder e prestígio. Entre os assassinos, para além dos senadores, encontravam-se o seu filho Brutus e alguns dos apoiantes de César, que se juntaram à conspiração por ressentimento, inveja e desilusão por falta de reconhecimento e recompensa.

Fiquei comovido quando César, com olhos espantados ao ver o filho a apunhalá-lo, disse com imensa dor e desilusão: "Tu quoque, Brute, fili mi!", "Tu também, Brutus, meu filho?".

Ao ver aquelas cenas, pensei que, algumas décadas depois do assassinato de Júlio César, a história se repetiria com o assassinato de Jesus. É claro que os dois personagens são totalmente diferentes, mas ambos têm em comum o facto de terem sucumbido à conspiração de pessoas invejosas e ressentidas que não queriam aceitar a sua realeza, sendo ambos traídos até pelos seus próprios fiéis.

II.

Júlio César fez boas obras para os cidadãos, tais como reformas agrárias a favor dos camponeses pobres; reformas económicas para reduzir o endividamento dos cidadãos e aumentar as oportunidades económicas para as classes mais pobres e para reduzir a carga fiscal sobre eles; promoveu a educação pública e o acesso à educação para um maior número de cidadãos romanos, ajudando a difundir a alfabetização e a educação formal entre as classes mais pobres; fez reformas jurídicas e aumentou as infra-estruturas e as obras públicas. Todas estas coisas que parecem ter sido feitas para beneficiar os cidadãos e os mais fracos, na realidade César fê-las com objectivos políticos e pessoais para aumentar o seu próprio poder e prestígio.

Também Jesus fez muitas coisas em favor dos mais pobres, dos doentes e dos abandonados do seu tempo, mas certamente não por razões "cesaristas", mas apenas para o bem exclusivo das pessoas.

É sobretudo no rescaldo da morte que as suas vidas são totalmente diferentes: para o imperador romano, a sua história termina ali com ele, com a sua morte, e nada resta dele.  Com Jesus, pelo contrário, a história não termina com a sua morte, mas recomeça com a sua ressurreição. De César resta apenas uma memória longínqua de feitos militares e de acções grandiosas que remetem para o passado. De Jesus temos uma história que continua e se renova todos os anos, e as suas obras conduzem-nos ao futuro.

III.

Conclusão.

Pouco depois da sua morte, César foi deificado e as suas cinzas foram colocadas no Templo do Divino Júlio, no Fórum Romano. Os cesaricidas foram mortos e o Império Romano foi estabelecido. Apesar de tudo isso, César ainda se encontra nos braços da morte e nem um pingo resta das suas cinzas.

Jesus, pelo contrário, com a sua ressurreição, já não se encontra na morte, mas na ausência de morte, que em latim se chama "a" (alfa privativo) "mors-mortis" e que é “a-mor", que significa precisamente "ausência de morte". É por isso que a Páscoa, que é a vitória de Jesus sobre a morte, é a vitória do A-mor. A Páscoa é a única resposta válida à questão da morte: não são os sofismas ridículos de Epicuro ou das mitologias greco-romanas, nem a imortalidade ilusória consignada às obras, como pensa Ugo Foscolo em "I Sepolcri", nem a filosofia do super-homem de Nietzsche, nem o existencialismo de Heidegger, para quem o homem é um ser para a morte. O homem é um ser para a vida, porque a morte foi derrotada pela ressurreição de Jesus. É por isso que desejar "Feliz Páscoa" é desejar "Boa vitória sobre a morte", e por isso é anunciar "Ausência de morte" e isso é desejar "A-mor": desejar Feliz Páscoa é desejar Amor.

A grande consolação que a Páscoa nos dá é que, no fim da nossa vida terrena, seremos acolhidos pelo Pai que estará com o seu filho Jesus e nos dirá não "Tu quoque, fili mi", mas: "filius meus es tu quoque", "tu também és meu filho".


-Imagem: Busto de Júlio César

-Música: Hallelujah - Leonard Cohen | Piano Cover + Sheet Music (Francesco Parrino)






🇬🇧 "TU QUOQUE, BRUTE, FILI MI"

(Video and text in 🇬🇧 English)

Commentary on the Gospel for Easter Sunday 2024

Jn 20:1-9 (They took the Lord away)

I.

In the middle of this month, on my way home from work, I stopped at the sacred area of Largo di Torre Argentina where a group of actors were staging the assassination of Julius Caesar, which took place exactly there on the Ides of March, that is, 15 March 44 BC.  As we know, Caesar was killed by the senators because they feared he would want to become king of Rome and thus lose their power and prestige. Among the assassins, apart from the senators, were his son Brutus and some of Caesar's supporters who joined the conspiracy out of resentment, envy and disappointment over lack of recognition and reward.

I was moved when Caesar, with astonished eyes seeing his son beat him to death said with immense pain and disappointment, "Tu quoque, Brute, fili mi!", "You too, Brutus, my son?"

As I watched those scenes, I thought that a few decades after the murder of Julius Caesar, history would repeat itself with the murder of Jesus. Of course the two characters are totally different, but they both have in common that they succumbed to the conspiracy of envious and resentful people who did not want to accept their kingship, both of them betrayed even by their own loyalists.

II.

Julius Caesar did good works for the citizens, such as agrarian reforms in favour of poor peasants; economic reforms to reduce the debt of citizens and increase economic opportunities for the poorer classes and to reduce the tax burden on the poorest; he promoted public education and access to education for more Roman citizens by helping to spread literacy and formal education among the poorer classes; he made legal reforms and increased infrastructure and public works. All these things that would seem to have been done to benefit the citizens and the weakest, in reality Caesar did them for political and personal ends to increase his own power and prestige.

Jesus, too, did many things in favour of the poorest, the sick, and the derelict of his time, but certainly not for 'Caesaristic' reasons but only for the exclusive good of the people.

It is especially in the aftermath of death that their lives are totally different: for the Roman emperor, his story ends there with him, with his death, and nothing remains of him.  With Jesus, on the other hand, history does not end with his death, but begins again with his resurrection. All that remains of Caesar is a distant memory of military feats and grandiose deeds that hark back to the past. Of Jesus we have a history that continues and is renewed every year, and his works lead us to the future.

III.

In conclusion.

Shortly after his death, Caesar was deified (diafaid)and his ashes were placed in the Temple of Divus Julius in the Roman Forum. The Caesaricides were killed and the Roman Empire was established. In spite of all this, Caesar still found himself in the arms of death and not even an iota remained of his ashes.

Jesus, on the other hand, with his resurrection no longer finds himself in death but in the absence of death, which in Latin is called "a" (alpha privative) "mors-mortis" and that is ”Amor” love,  which means precisely "absence of death". That is why Easter, which is Jesus' victory over death, is the victory of “A-mor”, love.  Easter is the only valid answer to the question of death: it is not the ridiculous sophisms of Epicurus or Greco-Roman mythologies, nor the illusory immortality consigned to one's works as Ugo Foscolo thinks in "I Sepolcri", nor Nietzsche's Superman philosophy,  nor Heidegger's existentialism for which man is a being for death. Man is a being for life because death has been defeated by the resurrection of Jesus. That is why to wish "Happy Easter" is to wish "Good victory over death", and therefore it is to announce "Absence of death" and that is to wish “Love": to wish Happy Easter is to wish Love.

The great consolation that Easter gives us is that at the end of our earthly life we will be welcomed by the Father who will be with his son Jesus and will say to us not "Tu quoque, fili mi", but: "filius meus es tu quoque", "you too are my son".


-Image: Bust of Julius Caesar

-Music: Hallelujah - Leonard Cohen | Piano Cover + Sheet Music (Francesco Parrino)

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