🇮🇹 REGALARE SPECCHI AI BRUTTI
Una riflessione per la IV Domenica, Pas. B (25-04-2021)
< Gv. 10,11-18 (Il Bel Pastore)
I.
C’è un video interessante su youtube di due minute che si intitola “Sarà che le pecore ascoltano soltanto la voce del loro pastore?” ( https://www.youtube.com/watch?v=nr8qKDkVLyw ). In questo video hanno fatto un esperimento chiedendo a tre persone di chiamare delle pecore che stavano pascolando poco distante. Uno dopo l’altro ciascuno tentò fare dei versi per attirare l’attenzione delle pecore ma queste non si sono mosse e hanno continuato a brucare l’erba come se niente fosse. Infine hanno chiesto anche al pastore e come lui ha fatto dei versi di richiamo, le pecore alzarono la testa e subito accorsero in massa in direzione alla voce che avevano riconosciuto.
II.
Generalmente quando si dice a qualcuno che è una pecora, l’intenzione è di offenderlo intendendo che va dietro a qualsiasi persona. In realtà le pecore non vanno dietro a chiunque, ma seguono solo coloro che conoscono e di cui si fidano. Sono gli uomini invece che si lasciano abbindolare dagli altri. Le pecore no. Puoi gridare fin che vuoi, ma se non ti conoscono, ti ignorano totalmente. Non sono ingenue come gli uomini.
E come possiamo riconoscere di chi possiamo fidarci? Quando arriva il lupo! Cioè quando siamo in pericolo. Chi rimane lì e ti difende dagli attacchi mortali, questi è una persona di cui ci si può fidare. Ma chi fugge e ti abbandona al tuo destino, ecco questi è qualcuno da cui è meglio stare lontani. La pecora sa riconoscere di chi si può fidare.
III.
Papa Francesco nella sua lettera apostolica Patris Corde (sulla figura di San Giuseppe), dice che papà non è chi mette al mondo un figlio ma chi se ne prende cura, se ne assume la responsabilità. Padri si diventa.
Così uno diventa pastore di una comunità non perché è stato nominato dal Vescovo, ma perché si prende cura dei suoi fedeli.
Se ne prende cura se ascolta la voce dei membri della comunità, mentre se decide tutto lui e non crea neppure momenti di ascolto… ecco che non é un buon pastore.
C’è anche chi, per salvaguardare una istituzione, non ci pensa due volte a sacrificare le persone. Da questi tale stiamone alla larga.
IV.
Essere pastore quindi vuol dire essere padre, prendersi cura. Ogni volta che ci prendiamo cura di qualcuno dice il Papa, sempre nella Patris Corde, esercitiamo una paternità nei suoi confronti. Ogni volta che assumiamo delle responsabilità nei confronti di qualcuno, siamo dei “pastori”, come lo sono i genitori verso i figli, o i nonni verso i nipoti, i sacerdoti nei confronti dei fedeli, un capo nei confronti dei suoi dipendenti, un professore con i suoi studenti, una autorità civile nei confronti dei cittadini, un educatore nei confronti degli educandi… ogni volta che affrontiamo la nostra missione con spirito di servizio e di amore verso le persone a noi affidate, ecco che siamo dei bei pastori.
V.
Prendersi la responsabilità esige sacrificio, coraggio, e anche correre dei pericoli. Il Buon Pastore (o meglio, il Bel Pastore come dice il testo greco) non è una figura sdolcinata, bucolica, romantica… ma è un uomo forte, coraggioso: al tempo di Gesù non c’erano fucili o pistole, quindi i pastori affrontavano i lupi con i bastoni, col rischio di venire azzannati. Correvano questo rischio solo i proprietari delle pecore. I pastori salariati invece non correvano questo rischio, ma scappavano. A loro non importava nulla delle pecore.
Sappiamo quindi riconoscere i pastori buoni, o meglio i pastori belli, che sono le persone belle che ci sono sempre state vicine nei momenti di difficoltà. E stiamo alla larga dai brutti pastori, per non diventare anche noi brutti come loro. A questi brutti non faremo del male, perché non siamo come loro. Una cosa però possiamo fare a questi brutti: regalare loro degli specchi.
🇵🇹 DOAR ESPELHOS AOS FEIOS
Uma reflexão para o 4º Domingo, Pas. B (25-04-2021)
< Jo 10:11-18 (O Bom Pastor)
I.
Há um interessante vídeo de dois minutos no youtube chamado "Será que as ovelhas só ouvem a voz do seu pastor? ( https://www.youtube.com/watch?v=nr8qKDkVLyw ). Neste vídeo, fizeram uma experiência pedindo a três pessoas que chamassem algumas ovelhas que pastavam nas proximidades. Uma a uma cada pessoa tentou gritar para chamar a atenção das ovelhas, mas as ovelhas não se mexeram e continuaram a pastar a erva como se nada estivesse acontecendo. Finalmente pediram também ao pastor, e enquanto ele fazia versos para as atrair, as ovelhas levantaram a cabeça e imediatamente rebentaram em massa na direcção da voz que tinham reconhecido.
II.
Geralmente, quando se diz a alguém que é uma ovelha, a intenção é ofendê-lo, significando que ele vai atrás de qualquer pessoa. Na realidade, as ovelhas não vão atrás de qualquer um, mas apenas seguem aqueles que conhecem e em quem confiam. São os homens, por outro lado, que se deixam enganar pelos outros. As ovelhas não o fazem. Podes gritar o quanto quiseres, mas se elas não te conhecerem, ignoram-te totalmente. Elas não são tão ingénuas como os homens.
E como podemos reconhecer em quem podemos confiar? Quando o lobo chegar! Ou seja, quando estamos em perigo. Aquele que lá fica e o defende de ataques mortais, esse é alguém em quem podemos confiar. Mas aquele que foge e o abandona ao seu destino, é alguém de quem é melhor manter-se afastado. As ovelhas sabem em quem podem confiar.
III.
O Papa Francisco, na sua carta apostólica Patris Corde (sobre a figura de S. José), diz que não é o pai quem coloca um filho no mundo, mas sim aquele que cuida dele, que assume a responsabilidade por ele. Alguém se torna pai.
Assim, uma pessoa torna-se pastor de uma comunidade não porque tenha sido nomeado pelo bispo, mas porque cuida dos seus fiéis. Ele toma conta deles se ouve a voz dos membros da comunidade, mas se decide tudo sozinho e nem sequer cria momentos de escuta... ele não é um bom pastor.
Há também pastores que, a fim de salvaguardar uma instituição, não pensam duas vezes em sacrificar pessoas. Vamos manter-nos afastados destas pessoas.
IV.
Ser pastor significa, portanto, ser pai, ter cuidado. Cada vez que cuidamos de alguém, diz o Papa, sempre no Patris Corde, exercemos uma paternidade em relação a ele. Sempre que assumimos a responsabilidade por alguém, somos "pastores", tal como os pais são para os seus filhos, ou avós para os seus netos, os padres para os seus fiéis, os chefes para os seus empregados, os professores para os seus alunos, as autoridades civis para os seus cidadãos, os educadores para os seus alunos... sempre que encaramos a nossa missão com espírito de serviço e amor para com as pessoas que nos são confiadas, somos belos pastores.
V.
Assumir responsabilidade requer sacrifício, coragem, e mesmo correr perigos. O Bom Pastor (ou melhor, o Belo Pastor como diz o texto grego) não é uma figura ingenua, bucólica, romântica... mas um homem forte e corajoso: na época de Jesus não havia armas, por isso os pastores enfrentavam os lobos com paus, com o risco de serem mordidos. Apenas os proprietários das ovelhas corriam este risco. Os pastores assalariados, em vez disso, não corriam este risco, mas fugiam. Eles não se importavam com as ovelhas.
Sabemos portanto reconhecer os bons pastores, ou melhor os belos pastores, que são as belas pessoas que sempre estiveram perto de nós nos momentos de dificuldade. E mantemo-nos afastados dos pastores feios, para que não nos tornemos também feios como eles. Não vamos magoar estas pessoas feias, porque não somos como eles. Mas há uma coisa que podemos fazer a estas pessoas feias: doar-lhes espelhos.
🇮🇹 GIVING MIRRORS TO THE UGLY
A reflection for the 4th Sunday, Pas. B (25-04-2021)
< Jn. 10:11-18 (The Good Shepherd)
I.
There is an interesting two-minute video on youtube called "Will it be that the sheep only listen to the voice of their shepherd?" ( https://www.youtube.com/watch?v=nr8qKDkVLyw ). In this video they did an experiment by asking three people to call out to some sheep that were grazing nearby. One by one, each person tried to make noises to attract the sheep's attention, but they did not move and continued to graze on the grass as if nothing had happened. Finally they asked the shepherd too, and as he made noises to attract them, the sheep raised their heads and immediately flocked en masse in the direction of the voice they had recognised.
II.
Generally when one tells someone that he is a sheep, the intention is to offend him by meaning that he goes after any person. In reality, sheep do not go after anyone, but follow only those whom they know and trust. It is the men, on the other hand, who allow themselves to be led astray by others. Sheep do not. You can shout all you want, but if they don't know you, they ignore you completely. They are not as naive as men.
And how can we recognise whom we can trust? When the wolf comes! That is, when we are in danger. He who stays there and defends you from deadly attacks, that is someone you can trust. But he who runs away and abandons you to your fate, that is someone you should stay away from. The sheep knows whom to trust.
III.
Pope Francis in his apostolic letter Patris Corde (on the figure of St. Joseph), says that father is not the one who gives birth to a child, but the one who takes care of it, who assumes responsibility for it. One becomes a father.
So one becomes a pastor of a community not because he has been appointed by the bishop, but because he takes care of his faithful.
He takes care of them if he listens to the voice of the members of the community, but if he decides everything and does not even create moments of listening... he is not a good pastor.
There are also those who, in order to safeguard an institution, do not think twice about sacrificing people. Let us stay away from these people.
IV.
To be a pastor therefore means to be a father, to take care. Every time we take care of someone, says the Pope, again in the Patris Corde, we exercise a paternity towards them. Every time we take on responsibilities towards someone, we are 'shepherds', like parents towards their children, or grandparents towards their grandchildren, priests towards the faithful, a boss towards his employees, a professor towards his students, a civil authority towards its citizens, an educator towards those being educated... every time we face our mission with a spirit of service and love towards the people entrusted to us, we are good shepherds.
V.
Taking responsibility requires sacrifice, courage, and even running dangers. The Good Shepherd (or rather, the Beautiful Shepherd as the Greek text says) is not a sappy, bucolic, romantic figure... but a strong, courageous man: at the time of Jesus there were no guns, so the shepherds faced the wolves with sticks, with the risk of being bitten. Only the owners of the sheep ran this risk. The shepherds who were employed did not run this risk, but ran away. They did not care about the sheep.
So let us recognise the good shepherds, or rather the beautiful shepherds, who are the beautiful people who have always stood by us in times of trouble. And we stay away from ugly shepherds, lest we too become ugly like them. We will not harm these ugly people, because we are not like them. But there is one thing we can do to these ugly people: give them mirrors.
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